(Ricardo Gembarowski)

 

Esta é uma pergunta que tenho me feito todos os dias e, para respondê-la, elencarei abaixo cinco itens que poderiam me ajudar nesta tarefa, mas lembrando que outros poderiam ser adicionados a esta singela lista. Vamos lá?

 

  1. Existência de Deus – sim, a certeza da existência de um Deus soberanamente justo e bom que está controlando esta fase que a humanidade se encontra. Ele permitiu que este vírus fosse instalado entre nós, seres humanos, mas não como castigo, e sim para que a humanidade pudesse aprender com ele e ao passar este período de calamidade pública, que possamos retornar para a sociedade diferentes de como éramos antes;

 

  1. Disciplina – para que fiquemos em casa, para agregarmos novos hábitos de higiene e aqui cabe um parênteses (sempre imaginava que lavava bem as mãos até que o corona me ensinou que não). Disciplina para mantermos também um distanciamento em relação às demais pessoas e até mesmo para higienizar os produtos que compramos no mercado e farmácias, por exemplo, antes de entrar dentro de casa. Éramos indisciplinados neste sentido e olha quanta coisa estamos sendo obrigados a fazer…;

 

  1. Convivência – quantos de nós saímos às vezes de casa para não convivermos com aquele parente difícil? Ás vezes o trabalho profissional e até mesmo o trabalho na própria Casa Espírita funciona como uma “válvula de escape” para esses irmãos até que….bem, até que um vírus nos obrigue a ficar em casa e, com isso, aprendamos a conviver melhor com esses parentes, exercitando nossa paciência, resignação e outras virtudes;

 

  1. Reinvenção – muitas coisas deixaram de ser feitas, mas como o isolamento, estamos sendo obrigados a fazê-las de outro jeito. No nosso ambiente de trabalho, por exemplo, está sendo comum as reuniões através de plataformas digitais para que o ofício continue sendo feito, e bem feito. Casas Espíritas estão se reinventando para promoverem seus estudos, palestras e seminários através dessa mesma plataforma digital, as “lives” ganharam força (e que força!), de modo que a mensagem do Evangelho de Jesus seja levada a tantas pessoas que estão precisando ouví-la, pessoas essas que se encontram, muitas das vezes, com crise de ansiedade, de depressão e com a síndrome do pânico acentuadas por conta do período de calamidade pública. Atendimento fraterno pelo whatsapp e por aí vai….novas práticas sendo implementadas, o que mostra que somos capazes sim, de nos reinventarmos a todo o instante;

 

  1. Amar ao próximo – nunca vi tantas pessoas preocupadas com nossos irmãos em situação de rua como agora, em gestos louváveis de levar até a eles o alimento e a bebida necessários para que permaneçam vivos, visto que muitos estabelecimentos encontram-se fechados por conta da pandemia. É o exercício de nos dedicarmos mais ao próximo, mas, claro, seguindo todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde – OMS e do Ministério da Saúde, de forma a evitar aglomeração, usando máscaras e luvas, e sempre com o álcool em gel por perto, entre outras. Um morador do prédio onde moro disponibilizou um aviso aos idosos e pessoas que se encontram no grupo de risco, para ficarem em casa e que estaria à disposição para ir ao mercado ou à farmácia caso precisassem. Vejam só, um vírus nos fazendo olhar mais para o nosso próximo…., mas lembrando sempre que não devemos julgar os irmãos que optaram em ficar em casa mas que vibram com os demais que realizem qualquer trabalho no bem.

 

Que possamos ser fortes para superarmos este momento, afinal, como Chico falava, “tudo passa”. E ao retornarmos para nossa vida “normal” que possamos voltar diferentes, com outra mentalidade, levando todo este aprendizado que estamos adquirindo, para nos transformarmos moralmente em seres melhores e adentrarmos na Terra Regeneradora que está chegando.

 

Muita Paz!